Você sabia que o dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue? E por conta desse dia, todo o mês é conhecido como Junho Vermelho: mês de conscientização para a doação de sangue.
O objetivo deste dia é homenagear a todos os doadores de sangue, responsáveis por salvar a vida de milhares de pessoas, e conscientizar os não-doadores sobre a importância deste ato.
A data foi uma iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2014. A data escolhida é uma homenagem a Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator RH e várias diferenças entre os diversos tipos sanguíneos.
O sangue é insubstituível e não pode ser produzido artificialmente. Somos a única fonte dessa matéria prima para uma transfusão. Uma única doação pode salvar várias vidas.
O sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma), podendo assim, beneficiar mais de um paciente. Esses componentes são distribuídos em hospitais para atender casos de emergência e pacientes internados.
Quem pode doar sangue?
Uma longa e rigorosa lista de exigências deve ser cumprida para oferecer segurança e proteção ao receptor e ao doador.
Requisitos básicos para doação
• Estar em boas condições de saúde;
• Ter entre 18 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos);
• Pesar no mínimo 50 kg;
• Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
• Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
• Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato.
Intervalos para doação
• Homens – 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses).
• Mulheres – 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses).
Principais impedimentos temporários
• Resfriado (aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas);
• Gravidez;
• 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana;
• Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses);
• Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
• Tatuagem, maquiagem definitiva e micro pigmentação (sobrancelhas, lábios, etc.): aguardar 12 meses; se feitas em local adequado (seguro) e com todos os cuidados necessários (assepsia correta e material descartável), o prazo é de 6 meses;
• Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses;
• Vacina contra gripe: por 48 horas;
• Candidatos que foram vacinados contra Covid-19 só podem doar:
– 48 horas após cada dose (vacina Coronavac, da Sinovac/Butantan e Covaxin, da Bharat Biotech);
– 7 dias após cada dose (vacina da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz/Pfizer/BioNtec/Fosun Pharma/Janssen-Cilag/Sputinik V, da Gamaleya National Center/Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas);
• Coronavírus: Candidatos que apresentaram diagnóstico ou suspeita de coronavírus estão aptos a doar 10 dias após a completa recuperação. Candidatos assintomáticos com teste positivo estão aptos a doar após 10 dias da data de realização do teste. Candidatos que tiveram contato com casos positivos de contaminação por coronavírus estão aptos a doar após 7 dias do último contato. Candidatos que fizeram isolamento voluntário ou por orientação médica estão aptos a doar após o término do tempo de indicação de isolamento;
Principais impedimentos definitivos
• Hepatite após os 11 anos de idade.
• Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.
• Uso de drogas ilícitas injetáveis.
• Malária.
• Mal de Parkinson.
Para você se inspirar
Priscilla França, Auditora do Grupo Disal e doadora há 10 anos, conta como começou e qual foi sua motivação em se tornar uma doadora regular de sangue.
Incentivo
“A primeira vez que doei sangue foi há 10 anos, mais ou menos, quando a filha de uma amiga precisou. Quando ela se recuperou, o sentimento de ter ajudado de alguma forma foi recompensador. E entendi que aquele gesto, muito simples, que só dependeu da minha disposição (e de preencher alguns requisitos) poderia ajudar outras pessoas também.
Assim, passei a doar sangue pelo menos uma vez ao ano. Mas já cheguei a fazer três doações num mesmo ano, que é o máximo permitido para mulheres.”
Sua experiência
“Hoje, vejo a doação como algo fundamental, principalmente no Brasil, onde o número de doadores é muito baixo em relação ao tamanho da nossa população. Infelizmente, falamos muito pouco sobre o assunto e, geralmente, só nos conscientizamos quando a necessidade chega até nós ou em alguém muito próximo. Foi o que aconteceu comigo.
Ser uma doadora de sangue traz um sentimento de gratidão imensurável. Estar saudável e poder me valer disso para ajudar pessoas que estão precisando me traz a sensação de estar retribuindo o que recebo de bom da vida.”
Recado a todos
“Deixo meu relato e meu convite àqueles que se enquadrem, que passem pela experiência de doar sangue. Além de ajudar a salvar vidas, certamente, o maior bem que estará fazendo será a você mesmo, pois vai preencher seu coração de amor e gratidão!”
Situação dos bancos de sangue no Brasil
O nível dos estoques no país é menor do que no período crítico da pandemia. O número de doadores é bem menor que o de cirurgias eletivas agendadas.
Segundo a campanha #PartiuDoarSangue, apenas 1,8% da população se dispõe a doar sangue, enquanto o ideal seria 5%.