A história do Fusca é longa, começando antes da Segunda Guerra Mundial, sem ninguém imaginar que ele se tornaria uma paixão mundial.
Seu design arredondado inconfundível e o motor boxer é quase um patrimônio na cultura brasileira. O “Fusca”, como é conhecido no Brasil, possui inúmeros nomes pelo mundo todo. Seus criadores, os alemães, o conhecem como “Käfer”, norte-americanos de “Beetle”, portugueses de “Carocha” e os mexicanos de “Vocho”.
O modelo da Volkswagen foi o mais produzido da história por anos, com mais de 21 milhões de unidades produzidas em 65 anos de marcado. O modelo trouxe inúmeros modelos derivado da tecnologia. Os mais conhecidos em solo nacional são, Karmann Ghia, Variant e Kombi. O modelo trouxe tanto sucesso que deu início a outras marcas do Grupo Volkswagen, como os carros da linha Porsche.
Lançado como o “Carro do Povo”
A origem do Fusca é um tanto quanto polemica. O projeto do carrinho começou nos anos 1930, durante o regime hitlerista. Hitler estava fazendo de tudo para levar a Alemanha a um nível de modernidade das grandes potências mundiais. A introdução do rádio foi uma delas, com o nome de “Volksempgänger”, em tradução “Receptor do Povo”.
O mesmo aconteceu com a geladeira, recebendo o nome de “Refrigerador do Povo”, ou “Volkskühlschrank”. O regime nazista trouxe muitas tecnologias, sempre rebatizando seus nomes para outros que enfatizassem seu discurso político. Assim nasceu o “Carro do Povo”, ou “Volkswagen” (nome original do Fusca), que futuramente também batizaria a marca alemã.
O país ainda era uma sociedade pouco motorizada, com veículos utilizados apenas pela burguesia alemã. Por isso, o projeto encomendado ao projetista Ferdinand Porsche, tinha a ideia de criar um carro acessível e que cumprisse algumas exigências um tanto quanto curiosas, como por exemplo, ter a capacidade de levar uma metralhadora montada em seu capô.
Para a concretização do seu projeto, Porsche solicitou ao regime nazista a construção de uma fábrica de última geração. Para seu projeto se concretizar, seria necessário diminuir os custos de produção, e o governo fundou uma cidade conhecida até os dias atuais com “Wolfsburg”, servindo como espaço para hospedar seus operários. E nela, foi construída a primeira fábrica da Volkswagen. Curiosidade: até hoje é onde fica sua sede.
Mesmo com seu baixo custo, o “Carro do Povo” inicialmente não atingiu seu propósito. A sociedade alemã estava acostumada com o uso das bicicletas e o automóvel era apenas um objeto de lazer, reservado à classe média e aos ricos. Suas primeiras unidades foram, em sua grande maioria, adquiridas pelas autoridades do alto escalão do regime hitlerista.
Chegada do Fusca no Brasil
O início das vendas do Fusca no Brasil foi só em 1950. O veículo chegava desmontado da Alemanha, e era montado pela Brasmotor (a Volkswagen ainda não havia se instalado no país). O modelo tinha o vidro traseiro dividido em dois.
Em 1953, o Fusca deixa de ser montado pela Brasmotor e a Volkswagen assume a montagem do carro no Brasil. O modelo já possuía janela traseira única, oval.
No início de 1959, a produção do Volkswagen Fusca passou a ser no Brasil, fabricado com peças nacionais em São Paulo. Sem muitos fornecedores de peças, a Volkswagen sofreu para atingir o grau de nacionalização de 54% previsto em Lei.
Em 1965 foi o lançado o modelo com teto-solar, mas o acessório foi rejeitado e muitos proprietários, mandaram fechar o teto. Também tiveram alteração suas lanternas e a luz de placa.
Já em 1967, o Fusca adotou um motor de 1300cc. Seu vidro traseiro ficou maior e o acionamento da seta foi para a coluna de direção. E seu sistema elétrico foi atualizado de 6 volts para 12V.
Em 1970 o modelo teve mudanças na tampa do motor, tampa do porta-malas e para-choques, além de um novo motor 1500cc de 52cv.
O Fusca 1600-S chegou em 1975 com carburação dupla e 65cv, volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 e painel com marcador de temperatura e relógio.
Em 1984 a Volkswagen passou a equipá-lo somente com o novo motor 1600, além dos freios a disco na dianteira, aumentando a eficiência. A lanterna “Fafá” passou a ser padrão em todos os modelos.
Hora de dizer adeus?
No ano de 1986 a Volkswagen anuncia o fim da produção do Fusca, mesmo sendo o segundo carro mais vendido daquele ano, atrás apenas do Chevrolet Monza.
A Volkswagen volta a produção do modelo em 1993. O carro vendeu bem, mas longe da meta esperada pela montadora. Em 1996, a empresa encerrou novamente a produção, com uma série especial a “Série Ouro”.
Com o fim da produção no Brasil em 1996, o modelo só seria produzido no México, até 2003.
Nesse período, foram produzidos no Brasil cerca de 42.000 Fuscas.
O legado do Fusca
Apesar da origem polemica, o Fusca se tornou o oposto do que o regime hitlerista impunha, sendo um sucesso comercial em países democráticos e que respeitam os Direitos Humanos. Diante disso, o pequeno veículo de formato arredondado teve um papel importante para o acesso ao mundo automotivo em economias emergentes e para a democratização do acesso à mobilidade por quatro rodas.
A própria Volkswagen se transformou em uma marca de prestígio no Brasil, estando por aqui há mais de 60 anos. Assim como nossas próprias histórias, o Fusca teve seus altos e baixos e deu muitos motivos para se tornar o carro mais amado pelos brasileiros.
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