Hábitos ruins com a sua moto, podem fazer com que ela tenha uma vida útil curta.

Quando comprar sua moto, tome todos cuidados para que essa conquista seja longa. Por isso, a imprudência pode danificar e fazer com que sua vida útil seja encurtada. Cuidar bem da sua moto é mais do que conservar um patrimônio, é um ato de afeto.

Não é preciso gastar muito tempo ou dinheiro para preservar a sua moto. Na verdade, simples atitudes podem garantir que você não desembolse um alto valor com manutenção.

Mas você sabe o que causa esses danos? Separamos algumas dicas que vão te ajudar.

1 – Nível do óleo

Não basta apenas trocar o óleo no prazo recomendado pelo fabricante. Motores de motocicletas, em geral, são mais exigidos que os de automóvel. Especialmente nos motores refrigerados a ar, o óleo tem dupla função, lubrificar e refrigerar o motor, o que torna vital prestar atenção nele.

Além disso, o óleo do motor nas motos, diferente dos carros, cumpre função dupla. Em automóveis existe óleo para motor e outro para o câmbio, em motocicletas é apenas um.

Fique atento também caso o nível de óleo baixe muito e de maneira rápida. Motores consomem uma média de 20%, caso esteja superior procure saber a causa. Observe o chão do lugar onde ela fica estacionado, verifique se a moto está manchada em algum local. Pode ser o caso de substituir juntas ou ver se não ocorre por conta de algo mais grave.

Um momento crítico é caso a ponteira de escape estiver úmida e, quando o motor for acelerado, dela sair fumaça. Este é o sinal que está na hora de uma retífica, ou ao menos uma troca dos anéis e verificação da vedação das guias de válvulas.

2 – Embreagem

Quanto menos usar, mais tempo ela vai ter de duração. Ou seja, o ideal é acioná-la, apena quando realmente for necessário. Um exemplo é quando parar no farol, além de ficar segurando a embreagem até o semáforo abrir, coloque a moto em ponto morto.

Crie o hábito de usar o mínimo da embreagem e dosar com o acelerador da moto.

3 – Pneus murchos

O principal ponto é respeitar a calibragem recomendada pelo fabricante, verificando periodicamente. Tudo de ruim pode acontecer caso os pneus estejam murchos. Fica mais vulnerável, podem furar mais facilmente e, se passar por um buraco, a carcaça pode ficar comprometida, se rompendo e obrigando você jogar o pneu no lixo.

A pressão baixa dos pneus também pode danificar as rodas, podendo amassar ou quebrar. Em pneus sem câmara a roda tem papel crítico, pois, se entortar ou amassar, facilita a perda do ar.

4 – Amortecedores

Um ponto de destaque é, amortecedor não é eterno e deve ser trocado. Não importa de você anda devagar ou rápido, nem mesmo se as ruas são bem pavimentadas. A função dessa peça é amortecer, assim conforme ficam velhos, perdem a sua capacidade. Podendo causar trincas e até rupturas no chassi da motocicleta.

O modo mais fácil de verificar se está no momento da troca é em frenagens mais fortes pois nesta situação, a suspensão perder a função.

5 – Desligar motor em descidas

Muitas pessoas na vontade de economizar combustível, desligam o motor quando estão em descida. Isso faz com que o motor pare, mas a transmissão não. Assim as engrenagens internas do cambio continuam trabalhando, acionadas pela corrente, e a lubrificação interna não conta com a necessária pressão da bomba de óleo, pois o motor está desligado.
Essa atitude acaba prejudicando, e o dinheiro que você pensou em economizar no combustível, depois de todos os danos vai precisar ser gasto na manutenção da sua moto.

6 – Corrente da moto

Sua vida útil está totalmente ligada o quanto você lubrifica. Não são componentes eternos, mas pode viver muito mais caso recebam os devidos cuidados. Como por exemplo utilizar frequentemente um spray lubrificante.

Além disso, o spray específico para correntes de transmissão é ecológico. Pois foi um substituto para o popular óleo queimado de motor. Outra ação que aumenta a vida útil da transmissão secundária é manter a corrente na tensão correta, nem muito esticada, nem muito frouxa.

7 – Caixa de direção

É necessária uma certa sensibilidade para notar que a caixa de direção afrouxou. O mais evidente sintoma são barulhos vindos da região abaixo do guidão, mais fácil de perceber em ruas esburacadas. Sem o devido ajuste, o que seria apenas um pequeno probleminha solucionável, se torna algo pior com custo maior, pois andar com a caixa folgada implicará na avaria dos rolamentos.

Porém preste muita atenção, pois tão ruim quanto andar com a caixa de direção solta é andar com ela muito apertada, o que se nota pela dificuldade em girar o guidão. Neste caso, não só o rolamento sofre como a dirigibilidade fica prejudicada.

8 – Rotação baixa ou alta

O ideal é nunca abusar dos extremos. Forçar o motor não é, como muitos pensam, apenas “esticar as marchas”, usando-o em altas rotações por longos períodos. Existem casos que deixam o motor cair de rotação exageradamente.

Esses erros acabam fazendo com que se pague caro, pois reduz a durabilidade.

9 – Lavagem com jato de água

Tome muito cuidado com máquinas que lançam jato de água com pressão. Motor e componentes da suspensão têm retentores tanto de entrada e saída, dispositivo esse para reter seja o que for. Acontece que eles foram feitos para resistir principalmente à pressão de dentro para fora, mas quando recebem um jato de água na direção oposta, não conseguem resistir.
O segredo, ao lavar a moto é não exagerar na proximidade do jato e evitar mirar em um só lugar por muito tempo.

10 – Gasolina adulterada

Escolher qualquer gasolina é muito arriscado. Nas motos com carburador, o efeito de uma gasolina adulterada se percebe na hora, através de falha, perde desempenho e, em caso extremo, deixa de funcionar. Já nos modelos com injeção eletrônica o problema pode ser mascarado pelo sistema.

Assim como nos automóveis, muitas das motos atuais têm suas bombas instaladas dentro do tanque e dependem de razoável quantidade de gasolina para funcionarem bem, evitando danos maiores.

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