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Você conseguiria dirigir durante uma tempestade sem os limpadores de para-brisa? Estamos tão acostumados com esse mecanismo que é uma loucura pensar que os primeiros automóveis não possuíam esse acessório.

Dias em condições climáticas adversas atrapalhavam e muito a direção do veículo. Observando essa dificuldade que uma mulher, que sequer dirigia, teve uma brilhante ideia de melhorar essas condições.

Como surgiu a ideia de Mary Anderson

Mary Anderson | Bonde da cidade de Nova York
Mary Anderson | Bonde da cidade de Nova York

Em 1902, Mary Anderson durante uma visita a Nova York, em um dia de neve, utilizou um dos bondes da cidade. Durante o passeio, percebeu que o motorneiro tinha dificuldade de enxergar o caminho, e descia do veículo para limpar manualmente os vidros.

Sua outra maneira para enxergar, era colocar a cabeça para fora da janela. Além de nada prático é extremamente perigoso, e ainda dificultava a condução, atrasando ou prolongando o trajeto.

Analisando aquela cena, Mary Anderson deve uma ideia de como alterar o procedimento e facilitar a vida do motorneiro. Reza a lenda, que Mary, com seus 46 anos de idade, começou seu projeto ainda dentro no bonde. Ao retornar à sua casa, em Birmingham, Alabama, colocou o projeto no papel.

O protótipo de Mary Anderson

Ilustração de Mary Anderson para a sua patente de 1903 | Foto do Registro de patentes dos EUA | Divulgação
Ilustração de Mary Anderson para a sua patente de 1903 | Foto do Registro de patentes dos EUA | Divulgação

Seus desenhos eram basicamente, um conjunto de braços de madeira e borracha, comandados por uma alavanca, de dentro do veículo. Essa alavanca realizava com louvor o trabalho de limpar gotas de chuva, flocos de neve entre outras coisas. O objeto removível, não prejudicando o funcionamento ou aparência dos veículos em dias de sol.

O protótipo foi formalizado para receber uma patente, concedida a Mary Anderson em 1903. No entanto, nenhuma empresa do setor adquiriu o projeto. Os compradores alegavam que o mecanismo distraía os motoristas, não tinha utilidade e não era atraente para o mundo automotivo.

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Patente expirada

Mary Anderson, fazendeira, empresária, criativa e independente, que teve um pai presente, e não teve marido ou filhos. A ausência de uma figura masculina não era bem-vista pela sociedade na época, um dos principais motivos pela demora no sucesso de sua invenção. Mary Anderson era uma mulher à frente do seu tempo.

Sua patente expirou antes de conseguir convencer alguém a comprar sua ideia. Nas décadas de 1910 e 1920, empresas como a Ford e Cadillac adaptaram sua invenção para uso automotivo.

Reconhecimento tardio a Mary Anderson

Mary Anderson | Foto Encyclopedia of Alabama

Mary não recebeu dinheiro por sua invenção, mas, após a sua morte, teve seu merecido reconhecimento. Em 2011, seu nome foi adicionado ao Hall da Fama dos Inventores.

Mary Anderson foi considerada a primeira mulher a inventar um item para o universo automotivo. Certamente, Mary se tornou-se fonte de inspiração a várias outras mulheres que sonham em trabalhar na indústria automobilística.

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