Está escrito na história do automobilismo e se mistura à história da indústria brasileira: o etanol foi usado como combustível pela primeira vez lá pela década de 20.

A produção do combustível no Brasil, no entanto, só começou em 1975, segundo informações da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (ÚNICA). Foi após isso, em 1978, que surgiu o primeiro carro movido a álcool no Brasil, o Fiat 147. Quem não lembra?

Proprietários de carro a álcool não esquecem jamais. Tudo porque precisavam acordar um pouco mais cedo para deixar o carro esquentando. A falta de tecnologia da época não permitia que o carro andasse mais de uma quadra sem que o motor tivesse sido deixado ligado por cinco minutos antes de sair. Independentemente da temperatura externa, isso era sempre obrigatório. No frio, ainda era preciso um cuidado extra, mas hoje os tempos são outros e os cuidados no inverno vão além.

Ali no motor

Se existe uma razão dos carros mais novos não demandarem esse método antigo de aquecimento, é preciso agradecer à tecnologia aplicada nos motores flex. Existe um compartimento pequeno onde se deposita gasolina e ela é usada para dar esse empurrão inicial. Portanto, mantenha esse reservatório sempre cheio e limpo, principalmente durante o inverno.

É necessário também vigilância constante à bateria, que é mais exigida no frio, pela necessidade maior de gerar energia. Essa preocupação funciona bem semelhante ao corpo humano, pois gasta-se mais energia para aquecer do que para resfriar o corpo. Isso também explica por que se come tanto durante o inverno, então não se culpe pelo desejo maior de açúcar.

Mesmo que você não utilize o ar quente, é aconselhável movimentar o sistema de ar condicionado para que mantenha sua lubrificação com a circulação do ar pela tubulação. Além do sistema de ar, o de arrefecimento é uma outra grande preocupação, pois é ele que controla a temperatura do veículo, e precisa de um aditivo que mantenha tudo em ordem.

Para as regiões mais frias, bah!, adicionar um anticongelante é essencial. É a meia de lã que seu carro precisa para se manter aquecido, tchê.

Itens básicos

Já pensou que a temperatura pode afetar a pressão do seu pneu? Imaginou o frio ressecando suas paletas de limpar o para-brisas? As questões são muitas para os cuidados do veículo no inverno.

Pneus murchos demandam mais energia para rodar, o que gera mais gasto de combustível. É sempre importante checar os pneus, independente do tempo. Mas a chance de haver uma alteração na pressão deles no inverno é maior. Então, pare e pense que, além do gasto extra de gasolina, o desgaste do próprio pneu aumenta. É um item caro e, com certeza, existem outras prioridades para aplicar seu dinheiro nesse momento. Por isso, uso consciente, economia certa.

Quanto ao limpador de para-brisa, há duas questões: a manutenção da paleta e o reservatório de água. O limpador ressecado é um perigo. Pode comprometer a visão nos dias de chuva ou naquela neblina chata da serra e até arranhar o vidro. A água usada na limpeza deve ser sempre averiguada e, se possível, misturada com um pouco de detergente para a melhor limpeza. Outra coisa, manter o vidro limpo por dentro vai diminuir as chances de embaçar e você não vai precisar ficar passando a mão cheia de digitais. Existem produtos específicos para isso também.

Quer andar de carro velho, amor?

Tem os casos de amor ou necessidade pela caranga vintage (“velho” é ofensivo). Seja qual for a razão do carro antigo estar na sua garagem, ele exige cuidados bem semelhantes aos novos. Mas o maior deles é referente à partida.

Nos casos de carros com carburador, que agora foi substituído pela injeção eletrônica, é necessário que se mantenha o afogador puxado por mais tempo para que, depois da partida, se atinja a temperatura correta mais rápido.

Se você nasceu nos anos 2000, deve imaginar que esse parágrafo está escrito em latim, mas não está. São apenas lembranças de um passado cada vez mais distante.

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