Após despencar por causa das medidas de isolamento social decorrentes da Covid-19, o mercado de veículos usados reagiu fortemente neste segundo semestre e hoje os estoques estão abaixo dos níveis pré-pandemia, com tíquete médio e margem de venda recordes.
Ante média de R$ 42,1 mil no ano passado, o tíquete médio alcançou R$ 45,6 mil em outubro. A margem média do revendedor, no mesmo comparativo, subiu de R$ 4.736 para R$ 6.149. O valor dos usados foi valorizado por causa da falta de veículos 0 km, que faz o consumidor migrar para os seminovos mais equipados.
Os estoques de usados no País, que eram equivalentes a 48 dias em média no ano passado, subiram para 69 dias em maio, no auge da pandemia e caíram para apenas 32 dias em outubro deste ano, o que tem provocado falta de produtos no mercado.
Especializada em consultoria para concessionários, a MegaDealer também realiza pesquisas e treinamentos na área. Na avaliação do seu diretor, preços e demanda dos automóveis em geral, tanto novos quanto usados, devem continuar subindo neste final de ano e também início de 2021.
O desafio das concessionárias e lojistas de usados é o de assegurar a reposição de estoques de forma linear e fazer gestão adequada do mix de produtos em seus pátios. Braga diz que mesmo no mercado de 0 km deve continuar a falta de produtos, principalmente daqueles de maior demanda, até que as montadoras retomem produção plena.
É consensual a posição de que o espaço das concessionárias deve ser menor a partir de agora, com expansão das vendas online. Mas acredita-se que haverá espaço para os dois tipos de negócios, tanto os presenciais como os virtuais.
Rabelo, da Volkswagen, não informou sobre quanto das vendas hoje são online, mas reforçou informação já divulgada pela Assobrav, a associação dos concessionários da marca, de que 95% da rede já está digitalizada.
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Fonte: Fenabrave