A Gurgel apresentou o primeiro carro elétrico da América Latina, tendo apenas cinco anos de mercado.
Carros elétricos existem desde o século 19. Os motores elétricos nasceram quase junto com o motor a combustão. Nos países desenvolvidos a opção elétrica para automóveis estava sempre ligada a estudos futuristas. Mas em 1974 a Gurgel entregou seu projeto de carro elétrico, o primeiro modelo da América Latina.
Em 1973 tivemos uma crise de petróleo, havendo desabastecimento e alta nos preços do combustível. Um ótimo momento para a apresentação de um modelo elétrico. Seu nome surgiu de uma homenagem à usina hidrelétrica na fronteira do Brasil com o Paraguai.
A Gurgel programou um teste com uma frota de 20 unidades pelas ruas de Rio Claro (SP), sede da fábrica, a partir de junho de 1975. Seria um grande teste para seu sistema integrado de estacionamento e reabastecimento. Cada unidade teria um local próprio para estacionar, onde encontraria um pequeno poste com a tomada para recarga. Sua fabricação para o público começaria em dezembro de 1975 a um preço equivalente ao de um Fusca 1300.
O Gurgel Itaipu possuía uma forma de trapézio, com 2,65m de comprimento por 1,40m de largura, e carroceria de fibra de vidro. Com lugar para duas pessoas, sem regulagem dos bancos. Atrás dos bancos, possuía cerca de 1m de espaço, utilizadas para levar bagagens. Seu painel era simples, contava apenas com velocímetro, amperímetro e voltímetro, indicando a carga disponível na bateria.
O motor entre os eixos gerava 3,2kW, equivalente a 4,2cv. Usando um sistema composto, que une dois tipos de motor de corrente contínua, os de enrolamento de campo em série e em paralelo. Essa junção realizava um alto torque de partida e um controle de velocidade uniforme.
O Gurgel Itaipu impressionou, na época, pelo motor silencioso, qualidade já esperada em modelos elétricos hoje em dia. O carrinho chegava a cerca de 50km/h. Seu tamanho ajuda o motorista em manobras e frenagens. Suas baterias possuem autonomia de 60 a 80Km.
Mesmo com o valor do quilômetro rodado ser menor que o do motor a combustão, sua autonomia foi seu maior problema. O Gurgel Itaipu não agradou o público com seu peso e capacidade limitada das baterias, além da recarga levar dez horas. O elétrico brasileiro infelizmente não passou da fase de protótipo. Ainda que tenha sido apenas um teste, o Gurgel Itaipu se mostrou pioneiro no ramo que foi negligenciado por décadas. E que hoje em dia se mostra como uma das opções mais sustentáveis ao planeta.
Ficha técnica do Gurgel Itaipu
Motor: central, longitudinal, elétrico de 3.000 watts/120 volts e 4,2 cv, com enrolamento de campo em série e paralelo.
Transmissão: caixa de engrenagens de 1 velocidade.
Baterias: 10 de 12 volts cada, ligadas em série.
Carroceria: monovolume, 2 portas, 2 lugares.
Dimensões: comprimento, 265 cm; largura, 140 cm; altura, 145 cm; entre eixos, 162 cm.
Peso estimado: 780 kg.
Suspensão: independente, tipo McPherson, molas helicoidais e amortecedores (dianteira); barras de torção e amortecedores (traseira).
Freios: a tambor com acionamento hidráulico.
Direção: pinhão e cremalheira.
Rodas e pneus: magnésio, aro 13 e tala de 6 polegadas; pneus 165X13.
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